sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Chips em veículos servirão para cobrar pedágio urbano


Governo estadual vai implantar pedágios em trechos urbanos de rodovias, como na Anchieta. Foto de Luciano Vicioni
Governo estadual vai implantar pedágios em trechos urbanos de rodovias, como na Anchieta. Foto de Luciano Vicioni
Tecnologia facilitará cobrança pelo sistema de pedágio ponto a ponto
A implantação de chips em toda a frota nacional a partir de janeiro de 2013 facilitará a cobrança eletrônica de pedágio por espaço percorrido nas rodovias Anchieta e Imigrantes. Hoje o projeto-piloto é aplicado em dois trechos rodoviários no Interior de São Paulo, mas pode se tornar realidade em todas as rodovias privatizadas, em áreas utilizadas pelos motoristas como vias urbanas.

A expansão do sistema de pedágio Ponto a Ponto, lançado em abril pelo governo do Estado, não tem data para ser posta em prática, mas a expectativa é disso ocorrer nos próximos dois anos. As praças de pedágio existentes só poderiam ser eliminadas se o projeto estivesse em operação em toda a malha concedida do Estado de São Paulo (que representa cerca de 6 mil quilômetros de rodovias) e em caráter de adesão definitivo.

Neste tipo de sistema, a cobrança é feita por meio de pórticos ao longo da rodovia que farão a detecção dos veículos. Nos pórticos, antenas vão ler os chips instalados nos veículos, e o valor do trecho percorrido será debitado da conta bancária informada pelo usuário. Os pórticos devem ter leitores de placas para flagrar veículos sem chip, o que renderá multa de R$ 127 e cinco pontos na carteira.

Em nota, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) confirmou que o Siniav (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos) poderá ser usado também na cobrança de pedágio pelas concessionárias de rodovias, mas somente com autorização do proprietário do veículo. “O sistema é similar ao Via fácil, ou seja, os veículos em que o proprietário não autorizou tarifação automática não poderão ser identificados para cobrança”, diz a nota.

Sistema
O sistema de identificação de veículos, com chips instalados no para-brisa dos automóveis, deve ser iniciado em janeiro de 2013, de acordo com o Denatran.

Os dispositivos transmitirão informações automaticamente a antenas leitoras espalhadas por rodovias e áreas urbanas e têm como principal objetivo facilitar a fiscalização do tráfego, auxiliando na repressão a roubos e furtos de veículos, com o monitoramento em tempo real. No entanto, o prazo final para que o sistema alcance todos os veículos do Brasil é 30 junho de 2015.

Cabe aos Detrans (Departamentos de Trânsito) de cada estado definir a implantação dos chips nos veículos e os custos desse equipamento. A unidade de São Paulo informou que já iniciou estudos sobre a instalação do dispositivo eletrônico, mas ainda não definiu uma data concreta e não possui estimativa do valor do dispositivo para o proprietário do veículo.

As informações previstas no Siniav são ano, marca, modelo, combustível, potência, placa. Além dos chips e antenas, o sistema será composto por equipamentos para configuração da tecnologia, espaços informatizados e bases de dados nacional e local. A emissão de sinais funcionará a partir da radiofrequência emitida por antenas espalhadas em todas as cidades.

Projeto gera polêmica sobre privacidadeAs críticas mais severas ao projeto do Siniav são quanto à restrição ao direito à privacidade dos motoristas, pois os computadores do Estado passarão a ter armazenados os locais por onde os veículos passaram. De acordo com o professor da Faculdade de Direito de São Bernardo, André Felipe Soares de Arruda, a medida esbarra em artigos fundamentais da Constituição Brasileira.

“A dignidade humana e a soberania do Estado são direitos fundamentais. Neste caso específico dos chips em veículos, estes dois direitos são contraditórios. A interpretação jurídica pode pender para qualquer um dos lados, dependendo muito da formação filosófica, política, cultural e até religiosa do juiz que irá analisar o caso”, explicou o professor.

A princípio, a dignidade humana, que inclui o direito inviolável à privacidade, seria prioridade absoluta. No entanto, conveniências sociais como o combate à violência urbana, permitiria ao Estado criar mecanismos de defesa para tornar a sociedade mais segura.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Impostômetro chega a R$ 1 trilhão e meio nesta sexta-feira, às 19 horas
27.12.2012 | 15:23

Impostômetro foi inaugurado em 20 de abril de 2005. Foto:Danielle Pessanha/Divulgação
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) alcançará na noite desta sexta-feira, dia 28, por volta das 19 horas, R$ 1,5 trilhão em impostos federais, estaduais e municipais pagos por todos os brasileiros desde o 1º dia do ano. O Impostômetro chegará a esse montante com um dia de diferença, na comparação com 2011, quando o painel registrou esse mesmo valor no dia 29 de dezembro.

Já no dia 31 de dezembro, à meia-noite, os impostos devem chegar à marca de R$ 1,556 trilhão. O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, fala sobre a importância do painel como ferramenta de esclarecimento para os cidadãos. "Estamos satisfeitos com os resultados obtidos com as nossas ações, que conscientizam a população sobre os tributos que pagamos".
Segundo ele, muitos painéis foram instalados por meio das associações comerciais do Estado, para que todos os brasileiros se habituem ainda mais a cobrar o retorno desse dinheiro em serviços públicos de qualidade. A recente aprovação do projeto de lei 1.472/2007, para discriminar impostos nas notas fiscais é a demonstração de que a nossa força pode mais."
O "Impostômetro" foi inaugurado em 20 de abril de 2005. Em 13 de setembro de 2011 o novo portal do Impostômetro (www.impostometro.com.br) foi colocado no ar. Nele é possível ver o quanto o País, os estados e os municípios estão arrecadando em impostos.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Indústria desembolsa R$ 7,5 bilhões por ano para bancar serviços públicos

Montante corresponde a 0,44% do faturamento do setor; com esse valor, 120 mil postos de trabalho poderiam ter sido criados

24 de dezembro de 2012 | 19h 52

Marcelo Rehder - O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Além de arcar com o peso excessivo da carga tributária sobre seus custos, a indústria se vê obrigada a desembolsar R$ 7,5 bilhões por ano para bancar serviços de saúde, previdência e assistência aos funcionários, cuja atribuição é do Estado. O custo desses serviços, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), eleva em 0,96% os preços do setor, prejudicando tanto o consumidor quanto o produto brasileiro, que perde espaço para a concorrência internacional.
Pesquisa mostra que indústrias bancam serviços no lugar do governo - Alberto Cesar Araujo/Estadão - 12/8/2010
Alberto Cesar Araujo/Estadão - 12/8/2010
Pesquisa mostra que indústrias bancam serviços no lugar do governo
"O problema é que o governo brasileiro arrecada muito e gasta mal o dinheiro dos impostos", diz o diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, responsável pela pesquisa, que ouviu 1,2 mil empresas do setor.
O executivo argumenta que o País tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo, mas não oferece serviços de qualidade ou suficientes, como contrapartida, na maioria das áreas. Diante desse quadro, os gastos com esses serviços acabam saindo do bolso do contribuinte, o que representa um peso extra na carga tributária.
"As empresas oferecem serviços que deveriam ser financiados com recursos tributários, porque consideram importante para melhoria na qualidade de vida e bem estar dos funcionários, o que resulta em melhor desempenho das atividades profissionais", ressalta Roriz Coelho.
Somente com planos de saúde, a indústria de transformação gasta R$ 6,44 bilhões anuais, o equivalente a 0,38% do faturamento do setor. Os serviços oferecidos pelas empresas também contemplam planos odontológicos, subsídios para aquisição de medicamentos e serviços diversos para prevenção de doenças, o que representa ônus de R$ 647 milhões por ano, ou 0,038% do faturamento.
As empresas do setor também arcam com despesas com planos de previdência privada, com intuito de complementar a aposentadoria da previdência social oficial (INSS) dos funcionários, e com auxílio creche e berçário. Esses gastos, no montante de R$ 354 milhões , correspondem a 0,02% do faturamento anual da indústria.
No total, os gastos com serviços de saúde, previdência e assistência atingem R$ 7,5 bilhões por ano, o que representa 0,44% do faturamento. Esse dinheiro, segundo a Fiesp, teria sido suficiente, por exemplo, para elevar o investimento do setor de 7,29% para 7,73% do faturamento em 2011, o que abriria espaço para a criação de 120 mil postos de trabalho na economia.
Impacto. O impacto do custo desses serviços varia consideravelmente no mundo. Um relatório da KPMG indica que o Brasil tem a maior taxa porcentual de custos trabalhistas não previstos em lei entre 14 países analisados (ver tabela). Esses custos incluem os gastos com plano de saúde, dentre outros.
No Brasil, esses benefícios representam 32,7% do custo de trabalho total, cuja média anual é de US$ 53,9 mil por trabalhador. Na Austrália, que tem a menor taxa entre os países pesquisados, a proporção é de 9,2% para um gasto total médio por trabalhador de US$ 103,7 mil por ano.
O diretor da Fiesp observa que, se paralelamente observarmos a carga tributária em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a brasileira é a quinta mais elevada na amostra da KPMG. "Logo, essa carga não é direcionada para atender adequadamente os serviços públicos que a sociedade brasileira necessita, fazendo com que as empresas paguem, por exemplo, planos de saúde para mitigar a deficiência estatal", diz Roriz Coelho.
A indústria de transformação respondeu por 33,9% do total da carga tributária em 2010, enquanto sua participação no PIB foi de apenas 16,2%, ressalta o executivo."O efeito disso é que 40,3% do preço dos bens industriais se deve a impostos."

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Câmara conclui votação de MP que reduz contas de luz

A proposta também diminui encargos setoriais e reduz em até 20% o preço da conta de luz a consumidores e empresas

 
 
                                 
Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília
Plenário da Câmara dos Deputados: atualmente, as concessionárias recebem um valor referente ao investimento que foi feito na construção da hidrelétrica

Brasília - Com a rejeição de dois destaques, o plenário da Câmara concluiu hoje (18) a votação da Medida Provisória 579 que trata de concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica com vencimento entre 2015 e 2017. A proposta também diminui encargos setoriais e reduz em até 20% o preço da conta de luz a consumidores e empresas.
Como é uma das prioridades do governo da presidente Dilma Rousseff e com calendário apertado devido ao fim do ano legislativo, há a possibilidade de a MP ser votada ainda hoje pelo plenário do Senado. A ideia dos líderes no Senado é limpar a pauta de votações para facilitar a votação da Proposta de Lei Orçamentaria. Sem aprovar o Orçamento o Congresso não pode entrar em férias.
Na semana passada, os deputados haviam aprovado o texto base da MP 579. No entanto, devido a obstrução de partidos de oposição que queriam modificar partes do texto, a votação dos destaques foi suspensa e retomada hoje.
Um dos destaques, apresentado pelo deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), visava isentar a energia elétrica do Programa de Integração Social (PIS), Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e da Contribuição social para financiamento da Seguridade Social (Cofins).
A outra emenda rejeitada, do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), previa a devolução dos valores cobrados a mais pelas distribuidoras de energia elétrica nas contas de energia entre 2002 e 2009.

Nunca se pagou tão caro no quilo da banha! É isso mesmo, a Globo pagou o equivalente à R$ 354.000,00 por cada quilo da banha do Ronaldo Fenômeno uma verdadeira fortuna, para nós pobres mortais, para o Eike Batista o dinheiro do lanche.
Não vamos discutir o que a Globo vai fazer com os 17 quilos de banha que comprou, sei lá cada um tem suas manias, vamos dar algumas dicas para o Ronaldo para ajudá-lo a investir seu rico dinheiro ganho às custas de muita gordura da melhor maneira possível.
Quanto será que a Globo paga pelos meus
 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Batata frita, bolinho de bacalhau e bife à milanesa são delícias que quase todo mundo aprecia. Quem diria que tais quitutes podem prejudicar o meio ambiente? Ao ser jogado na pia, o óleo vegetal das frituras pode entupir as tubulações da cidade e poluir o oceano.

"Calculamos que são despejados no mar 4 milhões de litros de óleo por ano", afirma o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc. É mais que o triplo da quantidade registrada em um dos piores desastres ecológicos da história da Baía de Guanabara: o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo combustível da Refinaria Duque de Caxias, em janeiro de 2000.
Entre os maiores causadores desse tipo de poluição estão restaurantes e bares. A Secretaria de Meio Ambiente iniciou em maio um programa de reaproveitamento de óleo vegetal como matéria-prima para a produção de biodiesel.
Mas a turma da frigideira já descobriu uma forma de evitar a poluição e ainda fazer economia. É cada vez maior o número de bares e restaurantes que recorrem ao serviço de coleta de óleo vegetal usado.
Em troca, eles ganham material de limpeza. As empresas coletoras, por sua vez, faturam com a venda do resíduo para ser reciclado em fábricas de sabão.
Com doze filiais na cidade, o Gula Gula chega a usar 720 litros de óleo por semana. "Trocamos a gordura por panos de chão", diz a chef Ana Salles. A rede recorre à Disk Óleo Vegetal Usado (21-2241-7221), que tem um cadastro de 1.500 clientes, entre condomínios, restaurantes como o Olympe, do requintado chef francês Claude Troisgros, e hotéis como o Copacabana Palace.
O restaurateur João Costa, do Nativo, na Barra, é um dos pioneiros da prática na cidade. Há vinte anos, ele era dono de um movimentado restaurante de massas no Centro. Um belo dia, teve de fechar as portas para realizar uma monumental obra na cozinha devido a um entupimento na tubulação causado pelo óleo descartado.
"A gente aprende as lições na dor", diz Costa. Desde então, suas casas começaram a utilizar os serviços de catadores do líquido. Seu restaurante é freguês da Reveg ( 21-2450-0252), empresa que recolhe semanalmente 500 litros de clientes como a churrascaria Outback, a confeitaria Payard e o bar Petisco da Vila.
Mesmo o consumidor doméstico pode descartar a gordura de forma ecologicamente correta. No caso da Disk Óleo Vegetal Usado, a recomendação é que se armazene o óleo em garrafas pet, que são recolhidas a cada 6 litros. Nesse caso, a coleta funciona como uma doação. Quando o recolhimento é superior a 50 litros, a empresa efetua a troca por material de limpeza ou paga de 20 a 30 centavos por litro. Quem lucra é o meio ambiente.
UM ESFORÇO QUE COMPENSA¿ 4 milhões de litros de óleo vegetal são despejados no mar do Rio anualmente
¿ Uma rede de restaurantes como o Gula Gula, com doze casas, chega a usar 720 litros de gordura por semana
¿ O consumidor residencial pode reciclar seu óleo, armazenando os restos em garrafas pet de 2 litros. Algumas empresas recolhem o líquido em quantidades superiores a 6 litros
¿ É mais interessante organizar a coleta no condomínio. A partir de 50 litros, as empresas pagam por litro de 20 a 30 centavos ou o valor em material de limpeza






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sábado, 15 de dezembro de 2012

13/12/2012 - NACIONAL
Após conta de luz, Dilma quer reduzir o preço do gás


Presidente Dilma ao lado de Pimentel: governo federal busca diminuir gastos da população com luz e gás para estimular economia. Foto: Agência Brasil
Presidente Dilma ao lado de Pimentel: governo federal busca diminuir gastos da população com luz e gás para estimular economia. Foto: Agência Brasil
Proposta foi apresentada pelos ministros Fernando Pimentel e Guido Mantega em Paris
Após anunciar a redução das contas de luz para residências, comércio e indústria, a presidente Dilma Rousseff (PT) reduzirá também o preço do gás. A afirmação partiu dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento), na França, durante seminário internacional para discutir soluções para a crise financeira promovido pela Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès, de Paris, nesta quarta-feira 12/12).
“Isso (redução do preço do gás) exige algumas medidas na Petrobras. E será feito. O próximo passo nessa direção já está sendo planejado”, afirmou Pimentel a um grupo de empresários franceses. O ministro ainda ressaltou a grande reserva de gás de xisto do Brasil. De acordo com Pimentel, as altas quantidades de xisto nos Estados Unidos colaboraram para a redução do preço do gás no país.
Mantega confirmou o barateamento do gás: “Não temos uma solução ainda, mas temos que reduzir o custo do gás de alguma maneira.”

Queda de braço - Apesar de beneficiar toda a população brasileira, Dilma precisou enfrentar o PSDB para garantir a redução do preço das contas de luz. A presidente criticou a “insensibilidade” dos governos tucanos de São Paulo (Geraldo Alckmin), Minas Gerais (Antônio Anastasia) e Paraná (Beto Richa) por não aderirem ao plano de barateamento da energia elétrica proposto pelo governo federal. Nesses estados, o PSDB comanda três das maiores empresas do setor elétrico do País: Cesp (Companhia Energética de São Paulo), Cemig (Companhia de Energia de Minas Gerais) e Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica). As empresas não quiseram arcar com a redução do custo da energia aos brasileiros, alegando que seus acionistas teriam prejuízos. Com isso, a população dos três estados seria afetada, tendo descontos bem menores em suas contas de luz a partir de 2013.

A presidente completou afirmando que pode manter a redução de 20,2% na marra. “Isso vai onerar bastante o governo federal”, declarou, sob aplausos. “Quando perguntarem para onde vão os recursos orçamentários do governo, uma parte irá para suprir, para a indústria brasileira e para a população brasileira, aquilo que outros não tiveram a sensibilidade de fazer.”
Com a medida, mesmo com a resistência tucana, o governo federal pretende não só baratear as contas de luz para as residências. Na verdade, a proposta busca também incentivar a indústria - em um momento de crise internacional – e o comércio, que terão as tarifas ainda menores.
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Após conta de luz, Dilma quer reduzir o preço do gás


Presidente Dilma ao lado de Pimentel: governo federal busca diminuir gastos da população com luz e gás para estimular economia. Foto: Agência Brasil
Presidente Dilma ao lado de Pimentel: governo federal busca diminuir gastos da população com luz e gás para estimular economia. Foto: Agência Brasil
Proposta foi apresentada pelos ministros Fernando Pimentel e Guido Mantega em Paris
Após anunciar a redução das contas de luz para residências, comércio e indústria, a presidente Dilma Rousseff (PT) reduzirá também o preço do gás. A afirmação partiu dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento), na França, durante seminário internacional para discutir soluções para a crise financeira promovido pela Instituto Lula e pela Fundação Jean-Jaurès, de Paris, nesta quarta-feira 12/12).
“Isso (redução do preço do gás) exige algumas medidas na Petrobras. E será feito. O próximo passo nessa direção já está sendo planejado”, afirmou Pimentel a um grupo de empresários franceses. O ministro ainda ressaltou a grande reserva de gás de xisto do Brasil. De acordo com Pimentel, as altas quantidades de xisto nos Estados Unidos colaboraram para a redução do preço do gás no país.
Mantega confirmou o barateamento do gás: “Não temos uma solução ainda, mas temos que reduzir o custo do gás de alguma maneira.”

Queda de braço - Apesar de beneficiar toda a população brasileira, Dilma precisou enfrentar o PSDB para garantir a redução do preço das contas de luz. A presidente criticou a “insensibilidade” dos governos tucanos de São Paulo (Geraldo Alckmin), Minas Gerais (Antônio Anastasia) e Paraná (Beto Richa) por não aderirem ao plano de barateamento da energia elétrica proposto pelo governo federal. Nesses estados, o PSDB comanda três das maiores empresas do setor elétrico do País: Cesp (Companhia Energética de São Paulo), Cemig (Companhia de Energia de Minas Gerais) e Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica). As empresas não quiseram arcar com a redução do custo da energia aos brasileiros, alegando que seus acionistas teriam prejuízos. Com isso, a população dos três estados seria afetada, tendo descontos bem menores em suas contas de luz a partir de 2013.

A presidente completou afirmando que pode manter a redução de 20,2% na marra. “Isso vai onerar bastante o governo federal”, declarou, sob aplausos. “Quando perguntarem para onde vão os recursos orçamentários do governo, uma parte irá para suprir, para a indústria brasileira e para a população brasileira, aquilo que outros não tiveram a sensibilidade de fazer.”
Com a medida, mesmo com a resistência tucana, o governo federal pretende não só baratear as contas de luz para as residências. Na verdade, a proposta busca também incentivar a indústria - em um momento de crise internacional – e o comércio, que terão as tarifas ainda menores.
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Incubadora solidária de São Bernardo é pioneira no País

Diário do Grande ABC
O modelo adotado pela SBCSol (Incubadora de Empreendimentos Solidários de São Bernardo do Campo), fruto de parceria pública-privada da Prefeitura de São Bernardo e da Universidade Metodista de São Paulo, é pioneiro no País. "Conforme as universidades foram ficando mais acessíveis e sendo incorporadas pelo povo, elas tornaram-se mais democráticas", afirmou ontem o secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Paul Singer, durante primeiro seminário da iniciativa, que conta com aporte de R$ 2 milhões, sendo R$ 1,7 milhão da Finep e R$ 300 mil da Prefeitura, e começa suas atividades em janeiro.
Dessa maneira, "as universidades assumem papel solidário de socializar conhecimento e, ao mesmo tempo, ganham experiência, inclusão e formam alunos com perfil cada vez mais cidadão", disse o coordenador geral da SBCSol, Douglas Siqueira. Estarão envolvidos na incubadora 13 professores e 16 alunos da Metodista e da Faculdade de Engenharia Mauá, que vão desenvolver soluções para as empresas.
A proposta não é diferenciada somente em sua composição, mas também na atuação. Os incubados não ficarão alocados em um mesmo espaço, pagando espécie de aluguel por eles, assim como ocorre nas incubadoras de tecnologia - em que, aliás, é preciso ter ideia inovadora, e o auxílio tem o intuito de desenvolver a proposta e colocá-la no mercado. Como as escolhidas são atividades que já existem, mas que precisam de ajuda para expandir os negócios, as consultorias serão realizadas na própria empresa. Os quatro técnicos que vão realizar as visitas nas firmas ficarão alocados em espaço cedido pela CTR (Central de Trabalho e Renda) da Prefeitura de São Bernardo. É lá também que será montada a biblioteca de economia solidária, com livros, CDs e DVDs. "Hoje, na CTR, já temos uma loja solidária para vender os produtos de cooperativas e pequenas empresas. Na cantina, são comercializados pastéis produzidos por pessoas que sofrem de transtornos mentais e ex-usuários de drogas, com o intuito de reinserí-los na sociedade", conta o diretor de Empreendedorismo, Trabalho e Renda da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Nilson Tadashi.
Foram selecionados 17 empreendimentos para a incubadora de diferentes setores: artesanato, costura, teatro, metalurgia, horta e catadores de reciclados. De janeiro a março, porém, serão atendidas apenas seis empresas para que a metodologia seja desenvolvida. A partir de abril, todas terão atendimento. A SBCSol tem capacidade para 20 empreendedores. Nesta primeira fase, o apoio terá dois anos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Abilio é rejeitado para vaga em comitê financeiro do Pão de Açúcar

O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração e segundo maior acionista do Grupo Pão de Açúcar (GPA), teve seu nome rejeitado para integrar o comitê de governança corporativa e ocupar uma vaga no comitê financeiro da companhia.

Também não conseguiu apoio para que estudos fossem feitos em 60 dias para levar a empresa para o Novo Mercado da Bovespa, segmento de listagem com padrões mais rígidos de transparência e respeito aos minoritários.

As decisões ocorreram nesta sexta-feira durante reunião do conselho de administração do GPA, controlado pelo grupo francês Casino.

Na semana passada, reportagem da Folha mostrou que advogados do empresário estudavam tomar medidas legais, entre elas recorrer a um tribunal de arbitragem, para garantir que Abilio conseguisse assento no novo comitê de governança da empresa e para evitar o esvaziamento de sua função na companhia brasileira.

ESCOLHIDOS

Na reunião de hoje foram aprovados os nomes dos cinco escolhidos para integrarem o comitê de governança do GPA.

Maria Helena Fernandes de Santana, ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), exercerá a função de presidente do comitê.

Também foram aprovados os nomes de Arnaud Strasser, representante do Casino e vice-presidente do conselho, Guilherme Affonso Ferreira, representante dos acionistas minoritários, Roberto Lima, ex-presidente da Vivo, e Luiz Augusto Castro Neves, diplomata brasileiro.

Na votação, oito conselheiros ligados ao Casino aprovaram os nomes. Três conselheiros independentes se abstiveram da votação (no total, são quatro). E quatro ligados a Abilio votaram a seu favor.

A Folha apurou que Abilio tem dito a pessoas próximas que não é contra o comitê nem a indicação de Maria Helena para o cargo. Além da gestão eficiente frente à CVM, a executiva vem de uma família com relação com o varejo,

José Fernandes, pai de Maria Helena, era dono da rede Barateiro de supermercados, comprada pelo grupo Pão de Açúcar em 1998. A aquisição foi motivada pela intenção do grupo de fortalecer sua atuação junto a classes mais populares, em expansão no país nos últimos anos.

Abilio é rejeitado para vaga em comitê financeiro do Pão de Açúcar
 

O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração e segundo maior acionista do Grupo Pão de Açúcar (GPA), teve seu nome rejeitado para integrar o comitê de governança corporativa e ocupar uma vaga no comitê financeiro da companhia.

Também não conseguiu apoio para que estudos fossem feitos em 60 dias para levar a empresa para o Novo Mercado da Bovespa, segmento de listagem com padrões mais rígidos de transparência e respeito aos minoritários.

As decisões ocorreram nesta sexta-feira durante reunião do conselho de administração do GPA, controlado pelo grupo francês Casino.

Na semana passada, reportagem da Folha mostrou que advogados do empresário estudavam tomar medidas legais, entre elas recorrer a um tribunal de arbitragem, para garantir que Abilio conseguisse assento no novo comitê de governança da empresa e para evitar o esvaziamento de sua função na companhia brasileira.

ESCOLHIDOS

Na reunião de hoje foram aprovados os nomes dos cinco escolhidos para integrarem o comitê de governança do GPA.

Maria Helena Fernandes de Santana, ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), exercerá a função de presidente do comitê.

Também foram aprovados os nomes de Arnaud Strasser, representante do Casino e vice-presidente do conselho, Guilherme Affonso Ferreira, representante dos acionistas minoritários, Roberto Lima, ex-presidente da Vivo, e Luiz Augusto Castro Neves, diplomata brasileiro.

Na votação, oito conselheiros ligados ao Casino aprovaram os nomes. Três conselheiros independentes se abstiveram da votação (no total, são quatro). E quatro ligados a Abilio votaram a seu favor.

A Folha apurou que Abilio tem dito a pessoas próximas que não é contra o comitê nem a indicação de Maria Helena para o cargo. Além da gestão eficiente frente à CVM, a executiva vem de uma família com relação com o varejo,

José Fernandes, pai de Maria Helena, era dono da rede Barateiro de supermercados, comprada pelo grupo Pão de Açúcar em 1998. A aquisição foi motivada pela intenção do grupo de fortalecer sua atuação junto a classes mais populares, em expansão no país nos últimos anos.  FONTE FOLHA.COM

Projeto entrega casa própria a trabalhadores domésticos

 
Entrega de apartamentos e creche para trabalhadores domésticos
O primeiro conjunto habitacional do Brasil construído exclusivamente para trabalhadores domésticos foi inaugurado nesta sexta-feira (28/9), em Salvador.
Localizado no bairro de Doron, o Núcleo Habitacional 27 de Abril comporta 80 famílias.
Os imóveis fazem parte do programa estadual Casa da Gente, que investiu R$ 3 milhões e proporcionou aos trabalhadores ter a casa própria sem precisar pagar nada.
A unidade tem espaço de lazer, parque infantil e uma creche para os filhos dos beneficiários.
"Nós estamos beneficiando essa categoria lutadora com empreendimento inédito no país. Essas mulheres, além de deixar de pagar aluguel, vão poder trabalhar tranquilas porque seus filhos estarão na creche”, afirmou o governador Jaques Wagner, que participou da inauguração do projeto.
Desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Domésticos (Sindomésticos), o projeto foi premiado com o Selo de Mérito, concedido pela Associação Brasileira de Companhias e Agentes Públicos de Habitação (ABC).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A presidente Dilma Rousseff disse, em entrevista publicada nesta quinta-feira (13) pelo jornal francês "Le Monde", que não tolera corrupção, e defendeu o governo de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.
"Eu não tolero a corrupção e meu governo também não", disse Dilma.
Em entrevista concedida ao diário antes de deixar a França, onde concluiu na quarta uma visita de Estado de dois dias, Dilma explicou que no Brasil, para se candidatar a uma eleição, um cidadão não pode ter acusações pendentes contra si.
"'O Ministério Público é independente, a Polícia Federal investiga e prende e a Justiça pune", disse. "E aquele que iniciou esta nova etapa de governança foi o ex-presidente."

Afirmando que a corrupção "é uma praga que afeta todos os países", a presidente brasileira considerou que, além das pessoas, "as instituições devem ser virtuosas".
Segundo ela, "a sociedade deve ter acesso a todos os dados governamentais" e aqueles que utilizam recursos públicos "têm que prestar contas".
Por isso, o Brasil criou um "Portal da Transparência" que registra os gastos públicos dia a dia, acrescentou.
"Eu não tolero a corrupção, e meu governo também não. Se há suspeitas fundadas sobre a pessoa, ela tem que sair. Mas, certamente, não se pode confundir essas investigações com uma caça às bruxas própria de regimes autoritários", disse.
Dilma já havia defendido na terça seu antecessor, considerando "lamentáveis" as acusações contra o ex-presidente e afirmando que são "tentativas de manchar o imenso respeito que o povo brasileiro tem por Lula".
Crescimento fraco
Questionada sobre os fracos números do crescimento do PIB, Dilma afirmou que o país está atravessando um "período de transição".
"A crise internacional provocou uma desaceleração da economia brasileira em junho de 2011", disse. "Nós tivemos que adotar medidas estruturais, como a redução das taxas de juros. Pela primeira vez em 20 anos, elas se aproximaram das do mercado internacional. Isso trouxe mudanças na rentabilidade. O aumento dos investimentos produtivos ainda não compensou a queda dos investimentos financeiros."

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Integração tarifária no ABCD é essencial, aponta estudo


Além de melhorar a oferta de transporte público e oferecer mais qualidade, a intregração pode garantir a redução dos gastos dos passageiros com o transporte público. Foto: Lucano Vicioni
Além de melhorar a oferta de transporte público e oferecer mais qualidade, a intregração pode garantir a redução dos gastos dos passageiros com o transporte público. Foto: Lucano Vicioni
Primeira etapa do Plano de Mobilidade destaca necessidade de avançar nas discussões entre prefeituras
Principal meta do Plano de Mobilidade Regional em execução pelo Consórcio Intermunicipal – entidade que reúne os sete prefeitos do ABCD –, a integração tarifária regional é apontada no primeiro diagnóstico do levantamento como essencial para o futuro do transporte coletivo na Região. No entanto, essa é uma proposta que anda a passos lentos.
“Com a integração há um grande potencial de viagens entre os municípios. Hoje as empresas municipais e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) competem entre si por passageiros. A integração poderia amenizar esse problema e otimizar o serviço. A tecnologia para implantação já está presente em todos os municípios, com a bilhetagem eletrônica, com exceção de Rio Grande da Serra, o que facilitaria o processo”, destacou Marcos Bicalho, arquiteto e consultor da Oficina Consultores Associados, que desenvolve o Plano.

Tarifa - Um dos entraves para a consolidação da integração tarifária está no alinhamento das tarifas cobradas em cada cidade. Atualmente, quatro municípios estabeleceram o valor em R$ 2,90 (Santo André, São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires). Em São Caetano, a passagem custa R$ 2,75, em Diadema fica em R$ 2,80 e os usuários de Rio Grande da Serra pagam R$ 2,30.

Mesmo a EMTU, que opera os ônibus intermunicipais, tem tarifas que variam de R$ 2,35 a mais de R$ 6. “Os prefeitos pensam a base tarifária em termos regionais e políticos, mas essa não é a melhor forma de estabelecer o critério de custos, do ponto de vista técnico. A tarifa é cara para o usuário e deveria ser, em parte, subsidiada pelo governo. Da forma como é cobrada hoje, pune os cidadãos de baixa renda”, afirmou Bicalho. Em caso de uma rede regional com preço único, ganhos e perdas seriam compensados pelo aumento de viagens e passageiros.
Outro problema a ser enfrentado é o número de veículos que hoje circula pelas ruas e que atrasa e encarece as viagens dos ônibus. Para o arquiteto, uma das mais eficientes formas de baixar o valor das tarifas é retirar os carros do sistema viário, abrindo espaço para o transporte público. “Isso não é fácil de fazer e exige medidas de restrição aos veículos, como pedágios urbanos. Neste caso, os governantes enfrentam forte oposição da classe média, que não quer deixar seu carro na garagem”, avaliou.

Próximas gestões - O assunto deve ser discutido pelos prefeitos que tomam posse em janeiro. O Plano de Mobilidade Regional tem custo de R$ 1 milhão, sendo R$ 800 mil do governo do Estado e R$ 200 mil de contrapartida do Consórcio. O projeto, que deveria ser entregue até a metade de dezembro deste ano, deve ter sua conclusão atrasada e não tem ainda data certa para ser concluído.

“A integração é a principal meta deste levantamento. Não dá para pensar em transporte coletivo sem implantar um sistema integrado de tarifas. Embora as prefeituras, a CPTM e o Metrô discutam esse assunto há décadas, nada de concreto foi feito. Este estudo é o primeiro passo para viabilizar a integração tarifária”, informou Andrea Brisida, coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade do Consórcio.

Prefeituras têm sistemas independentes
Quatro cidades do ABCD mantêm sistemas municipais de integração tarifária. Em São Bernardo existe integração temporal com a utilização do cartão de acesso do Sistema de Bilhetagem Eletrônica - SBE (Cartão Legal). O cartão permite que o usuário se desloque de qualquer ponto ou terminal para o destino desejado utilizando mais de uma linha com o pagamento de uma tarifa. Entretanto, não é possível que o usuário faça viagens de ida e volta. O período para a integração tarifária nos dias úteis é de 90 minutos e aos finais de semana e feriados de 120 minutos. No total, são 186 mil pessoas beneficiadas.
São Caetano possui integração pelo SITS (cartão de bilhetagem), sendo permitida a baldeação pelo período de 60 minutos. Atualmente, a Prefeitura e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) estão em vias de implantar a integração entre trem e ônibus municipais.
Em Mauá, o sistema de transporte coletivo possibilita a integração no Terminal Central. Fora dele, a integração temporal é feita pelo Cartão DaHora. São 32 mil usuários por dia. Na cidade, já foi iniciada a discussão para a integração de ônibus municipais com os trens da CPTM e, futuramente, com as linhas da EMTU.
Em junho deste ano, a Prefeitura de Diadema iniciou a implantação da integração temporal nas linhas municipais. No limite de 50 minutos, o morador na cidade pode trocar de ônibus pagando uma passagem. O beneficio é permitido somente com o uso do Cartão SOU Diadema.
Rio Grande da Serra não possui integração tarifária. Santo André e Ribeirão Pires não responderam.


Diadema briga com EMTU por gratuidade
No último ano, uma guerra jurídica foi declarada entre a Prefeitura de Diadema e a EMTU sobre o fim da integração gratuita nos terminais de trólebus Diadema e Piraporinha. O último round foi vencido em julho pela EMTU, quando o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Ari Pargendler, derrubou uma liminar que impedia a cobrança por parte da empresa.
Após 21 anos de gratuidade, o anúncio sobre o fim da integração gratuita ocorreu no fim de 2011. A empresa alega o alto custo operacional como motivador da cobrança. Tanto a Prefeitura de Diadema quanto o Ministério Público tentaram reverter a decisão, que foi abalizada pelo STJ. O valor da passagem e o início da cobrança ainda não foram definidos.
Sobre a possibilidade de integração entre os sistemas municipais do ABCD, o Metrô, a CPTM e a EMTU, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos informou que “é política de governo do Estado a realização da integração física e tarifária do sistema metroferroviário com os ônibus metropolitanos e municipais. A STM esclarece que essa integração pode ser firmada com qualquer município que esteja disposto a integrar seu sistema de ônibus às linhas da CPTM e do Metrô”.
O município interessado deve expressar não só a intenção, mas também as condições técnicas e operacionais para a elaboração do documento, que apontará os valores da tarifa integrada entre as partes envolvidas.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Ônibus de S.Bernardo terão rastreamento até junho de 2013

Diário do Grande ABC

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Até junho do ano que vem, todos os ônibus municipais de São Bernardo terão rastreamento por GPS. O objetivo é monitorar a frota para evitar atrasos e identificar em tempo real falhas no sistema. O investimento, feito pela concessionária SBC Trans, será de cerca de R$ 1,2 milhão por ano para manutenção.
A inovação é uma das soluções encontradas pela empresa para reduzir o número de reclamações de usuários. A cidade tem o maior índice de queixas da região, com cerca de 16 por dia. "O GPS irá nos ajudar a melhorar o monitoramento com informações em tempo real sobre velocidade, paradas e distância entre os carros", comenta o gerente de operações da SBC Trans, Nilson Matiolli Dantas.
Hoje, o Centro de Controle Operacional da empresa funciona com informações passadas por motoristas via rádio. "Esse processo ficará mais rápido e preciso. Caso um passageiro ligue para reclamar de uma linha, já saberemos imediatamente a causa do problema e em quanto tempo o ônibus chegará ao local", acrescenta Dantas. A cidade será a quarta da região a utilizar a tecnologia (leia ao lado).
Para diminuir os problemas no atendimento aos usuários, a empresa organiza anualmente seminários sobre disciplina para motoristas e cobradores. Todos os cerca de 1.400 funcionários da operação passam pelo curso. "Em caso de reclamação nesse sentido, o empregado passa por uma reciclagem. Caso haja reincidência, será desligado do nosso quadro", garante o gerente.
CORREDORES
Apesar dos investimentos para diminuir o índice de insatisfação dos passageiros, o diretor de operações da companhia, Nelson Borges Ribeiro, acredita que a situação só terá melhora significativa após a inauguração dos 11 corredores de ônibus que serão feitos pela Prefeitura. A previsão é de que as pistas fiquem prontas até 2016. "O viário da cidade não dá preferência para o transporte público. Com tantos congestionamentos, é natural que o ônibus atrase", explica Ribeiro. Segundo o diretor, 75% das 61 linhas municipais passam pela Avenida Brigadeiro Faria Lima, cujo trânsito é problemático em dias úteis.
Para a construção dos corredores, a Prefeitura assinará financiamento com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) no valor de US$ 250 milhões - o equivalente a cerca de R$ 500 milhões. Os locais que receberão pista exclusiva para ônibus são Alvarenga, João Firmino, Senador Vergueiro, Faria Lima, Jurubatuba, Montanhão, Ferrazópolis, Rotary, Capitão Casa, Castelo Branco e Galvão Bueno. Também está prevista a criação de três terminais.
Tecnologia já é usada em 3 cidades da região
São Bernardo será a quarta cidade da região a implantar tecnologia de rastreamento por GPS nos ônibus municipais. O sistema já é utilizado em Mauá, São Caetano e Diadema.
Após o início do monitoramento eletrônico, as reclamações de usuários em Diadema tiveram queda significativa, passando de 136 para 73 de janeiro a outubro de 2011 para o mesmo período deste ano - redução de 46,3%. O equipamento começou a ser usado no fim do ano passado, quando as empresas Benfica e Mobibrasil assumiram as linhas da ETCD e da Imigrantes, respectivamente. Com a substituição, 100% da frota foi renovada.
Em Mauá e Diadema, o sistema permite ao usuário ver pela internet a localização do ônibus em tempo real e se programar para o horário do embarque. As duas prefeituras planejam estender o projeto e instalar painéis em pontos estratégicos com informações sobre as linhas.
Na Capital, a SPTrans disponibiliza letreiros eletrônicos em terminais e paradas com grande fluxo de pessoas. Em São Bernardo, a concessionária SBC Trans informa que também existe o projeto para publicação do posicionamento dos veículos na internet, mas ainda não há data prevista para instalação.
Além de proporcionar mais comodidade ao usuário, o GPS também facilita o trabalho de fiscalização por parte das prefeituras.
INTERMUNICIPAIS
Após a licitação do Lote 5 das linhas intermunicipais - que abrange as sete cidades da região -, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) também irá implantar o sistema de rastreamento nos veículos. A previsão é de que as propostas dos interessados sejam abertas até a metade de 2013.